... têm um (entre outros) grave problema: não sabem fazer túneis.
Senão, vejamos:
- Túnel do Marquês - «A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou hoje a suspensão das obras do Túnel do Marquês até à conclusão dos estudos exigidos pelo Ministério do Ambiente»;
- Túnel de Ceuta -«O Presidente da CMP, Rui Rio, garantiu hoje que, apesar das ameaças da Ministra da Cultura/IPPAR e no que respeita à vertente da segurança, as obras relativas à saída do Túnel de Ceuta na Rua D. Manuel II vão continuar».
O que vale é que as autárquicas estão aí ao virar da esquina... E espero que ambos os senhores - Rio e Lopes - levem um valente (permitam-me) pontapé no rabo.
O fim-de-semana passado foi o Festival Super Bock Super Rock. Diz-se por aí - na imprensa musical - que os New Order deram um concerto histórico. Previa isso mesmo... mas vê-lo escrito deixou-me invejoso.
Quanto a Billy Corgan é já amanhã na Aula Magna e como já o disse: não irei.
De qualquer das formas, seja o concerto bom ou mau, já estou invejoso e triste por não ir. A entrevista - em que Corgan desanca nos ZWAN, fala do seu propósito com este álbum e deixa no ar a possibilidade de um futuro reencontro dos Smashing Pumpkins - deixou-me ainda mais curioso quanto ao álbum (sobre o qual quero continuar a acreditar que traz muito mais do que as duas faixas a que já tive acesso).
Beck no Festival da Ilha do Ermal e Foo Fighters em Paredes de Coura.
O resultado do referendo em França sobre a Constituição Europeia, em que o "Não!" venceu claramente, condena os nossos políticos e comunicação social a uma clarificação quanto ao documento que será referendado. Condena, em suma, ao debate crítico e esclarecedor.
Até agora sentia-se que o "Sim!" era um dado adquirido. Com este "Não!" oriundo de todo o espectro político francês sabemos, com toda a certeza, que o "Não!" pode vir da extrema-direita à extrema-esquerda e que é na soma dos votos singulares que se ganham referendos. A campanha de esclarecimento não poderá ser levada a reboque dos defensores do "não!". É urgente que os votantes do "sim!" se organizem e se juntem ao debate.
Reafirmo que ler a constituição europeia é intragável e impossível - já tentei! - pelo que, pessoalmente, todo o esclarecimento será mais do que bem vindo. A minha tendência para o "não!" não me chega para votar no "não!", apenas colocarei a cruz naquela que for a minha convicção consolidada - e isso, ainda não tenho.
«Ao oitavo dia acordarás cedo e cansado como tudo. Dirás mal da semana que levaste e do sono que deixaste acumular. Irás prometer a ti próprio que a próxima semana será bem melhor... No entanto, voltarás a levar do 1º ao 7º dia a mesma vida de malandro a que já habituaste o teu corpo.»
Em 1992 os GNR editaram o álbum "Rock In Rio Douro" - álbum esse que ocupa uma das posições privilegiadas na minha prateleira de discos.
Hoje, 13 anos depois, os GNR já não levam 40 mil pessoas ao Alvalade, nem sequer ocupam as posições cimeiras dos top de vendas... No entanto, continua a saber-me bem cantá-lo do início ao fim!
Bom fim-de-semana! :)
«Se uma das suas filhas chegasse a casa e lhe dissesse: Pai, aderi ao Bloco de Esquerda. Como reagiria?
Teria de respeitar, mas seria um desgosto profundo.
E se a opção fosse pelo CDS?
O sentimento seria o mesmo.»
Jerónimo de Sousa, à revista Sábado de 26 de Maio
«O Homem Fantasma» tem 3 meses de existência e conta com:
- um pouco mais de 6000 visitas;
- quase 200 post's;
- cerca de 230 comentários;
- 30% de ocupação no servidor do Sapo.
O balanço é positivo.. Portanto, obrigado e um buuuuuuuhhh! para todos os amigos, companheiros, camaradas e - pois, claro! - todos os outros (que não se revêm nos vocativos anteriores).
... que o Luís Delgado devia escrever no Inimigo Público.
Só a foto tipo passe dele já me faz rir. :)
O amor faz de mim um amordaçado ou será que ter a mordaça na boca - num misto de volúpia e submissão - é que me faz amar? Vou reflectir nisto!
Por vezes, vivo entre 3 paredes e um monitor aberto para uma realidade que aceito comprar. Para quê se conheço o erro que cometo ao fazê-lo? Também vou reflectir nisso.
Por que ando fugido de umas mulheres mas, no entanto, busco outras? Também nisto terei de pensar.
Corpo dormente de cerveja preta e mente a alta rotação - abandonada aos receios e confusões por resolver.
Não sei nada da vida... essa é que é essa!
CVA, «Caderno de Aponamentos» 2005
Print-screen retirado de Blogs do Sapo
É bom vê-lo em cargos como o de chefia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, cargo esse que realça as suas principais virtudes de grande sentido humano.
Hoje, pela primeira vez - nas eleições para a direcção da Associação de Estudantes da Faculdade que frequento - votei em branco.
Os motivos são tantos e passam por: descrença na competência das listas, falta de criatividade expressa em projectos inovadores (ou seja, cada panfleto eleitoral resume-se a um conformismo com a anterior direcção), falta de vontade em representar os alunos e demasiada vaidade em se exibirem perante os alunos.
Em suma, listas ocupadas por alguns imbecis incompetentes que buscam no associativismo o refúgio para os seus maus resultados académicos - tentando, pois, um lugar em épocas especiais destinadas a dirigentes associativos. Vergonhoso!
Recordo com saudade os tempos (que tanto me irritavam) em que as associações eram tomadas de assalto por Jotinhas Políticas que buscavam, de forma obscura, no associativismo um trampolim para a política dos "grandes". Pelo menos nesse tempo, as AE não eram apenas comissões de festas com contabilidade duvidosa mas sim a representação dos alunos - o propósito sobre o qual todo o associativismo deve ser erguido. Na altura, criticava publicamente esse facto - principalmente, o financiamento das campanhas virem de partidos - e mantenho! Mas e seguindo o maldito molde de "do mal o menos" sinto-me tentado a recordar com saudade esses tempos.
Rejeito este molde de associativismo e exprimi essa minha opinião da forma que achei mais conveniente - voto em branco!...
Caramba!, 20 de Fevereiro não foi assim há tanto tempo. Possivelmente, não fui o único que guardou a transcrição do debate entre Sócrates e Santana Lopes. Duvido ainda que muitos dos «compromissos» de Sócrates tenham sido esquecidos.
Assim sendo, que raio vêm a ser as recentes declarações da parte de dirigentes socialistas? Vamos voltar ao discurso da tanga? E da penalização do executivo anterior?..
Nos últimos anos o deficit foi sempre uma prioridade dos executivos e... ele continua a subir a galope! Não quero apelidar ninguém de incompetente mas... são os dados que falam por mim.
Estou desiludido e céptico... isto deixa-me assim. Espero para ver o que sairá amanhã (Terça-Feira) do Conselho de Ministros e que virá como anúncio - na 4ª Feira durante o debate mensal no Parlamento e pela própria boca do Primeiro-Ministro - das medidas de controlo.
Será que é desta que vamos ter uma verdadeira luta contra a evasão fiscal?!
Chegam hoje às lojas de música dois álbuns. A coincidência reside em ambos os álbuns serem o segundo álbum de originais e serem os dois muito esperados:
(1) «Out of Exile» dos Audioslave;
(2) ««Demon Days» dos Gorillaz.
A ver se me apodero deles e se arranjo tempo para os escutar com alguma atenção. Naturalmente, que se achar recomendável a audição destes discos irei escrevê-lo aqui.
Diário Digital:«Apartamento do Papa à venda no eBay por um euro»
Disco Digital:«Spice Girls anunciam regresso.»
Já hoje, entre a elaboração de alguns trabalhos e pausas maiores do que seria suposto, acabei por assistir à melhor corrida de MOTOGP da época de 2004: Welkom, África de Sul .
Fantástica - até ao último segundo - com várias batalhas, acelerações intempestivas e descontroladas, ultrapassagens inesperadas e a estreia de Rossi na Yamaha. Artística a forma como a primeira posição é disputada, da primeira à última curva, entre Valentino Rossi e Max Biaggi. Vale mesmo a pena ver...
Para os mais interessados e que apreciarem as minhas recomendações, deixo aqui o link.
«Ainda não sei como vou fazer
Para não esquecer o que sinto agora
Amanhã quando acordar
Vou estar totalmente fora
Melhor talvez fosse nem dormir
Candidatar-me a uma linha recta
Atar um lenço aos sentidos
Fazer de mim uma seta
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Ainda não sei como vou fazer
Para alimentar este fogo terno
Vou transpor o rio do ouro
Vou exilar-me no inferno
Neste momento há gente a acordar
Para mais um dia a riscar do mapa
Vou dar um chuto no espelho
Dar cabo da minha capa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa»
Jorge Palma, "A caminho de casa"
Ainda sobre o trâfico de influências, sobreiros, corrupções, promiscuidade entre público e privado, amnésia ou falta de conhecimento (qual das duas mais grave?) da parte de Santana Lopes vale a pena ler a declaração política do BE quanto ao abuso de poder do governo de gestão PSD-PP e o artigo no DN narrando as reacções a esta declaração no Parlamento.
Caros Ministros do Governo da Estabilidade e do Compromisso (Governo Santana Lopes-Paulo Portes): a malta não se vai esquecer destes e de todos os outros atentados políticos ao nosso País...
"Vem por aqui" dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José Régio, «Cântico Negro»
Boa noite, camaradas. Ah!, pois claro, boa noite também aos outros. E... até amanhã!
José Pacheco Pereira inaugurou o Sítio do não ao Referendo da Constituição Europeia.
Um local para «todos aqueles que querem votar não e não se revêem no não do PCP e do BE à Constituição Europeia, de que estão á espera para organizar um movimento que explique as suas razões aos portugueses? Ou o derrotismo face à gigantesca coligação do sim, com todos os partidos e todos os meios, já impera? Os partidários do sim usam toda a sua força institucional. O Presidente da República já anda em campanha pelo sim nas escolas, mostrando que nesta matéria não se importa de ser presidente só de uma parte dos portugueses. Sócrates, Vitorino, Cavaco, Marcelo, Marques Mendes e Portas virão defender o sim. O dinheiro da Comissão e do Parlamento Europeu já flui para encartes, artigos, panfletos e colóquios com os pódios ou as audiências cuidadosamente equilibrados para se parecer que se debate, quando não se debate, ou, quando se debate, não haver exposição pública dos argumentos do não. Está na hora de se exigir à rádio e à televisão públicas um acesso igual aos defensores do "sim" e do "não", como é suposto numa democracia.
Senão tudo será, como já é, prudente, sottovoce, regrado e controlado para que o sim ganhe pela porta de trás, sub-reptício, a reboque de umas eleições autárquicas em que, está-se mesmo a ver, a questão europeia vai ser muito discutida.»
Hoje, como resposta ao movimento bloguítico do "Não", surgiu O Sítio do sim.
A minha posição sobre a Constituição Europeia - com o consequente voto no referendo - agradece esclarecimentos e confrontos ideológicos. Bloguemos sobre o assunto, então.
Após o conturbado fim dos The Smashing Pumpkins (2000) e depois da decepção dos Zwan (2002) - com dois anos e apenas um álbum mas com uma formação fantástica para funcionarem e singrarem - não "aguento" outra decepção do homem da voz lenta, sofrida e que nos canta num tom urgente: Billy Corgan.
O primeiro single, do álbum com saída dia 21 de Junho e de nome "The Future Embrace", chama-se "A 100" e está disponível para audição aqui.
Confrontado com estes acordes deixei-me ficar por uma sensação a programações e electrónica a mais. Não esperava uma repetição do som rock dos SP e previa que a participação de Flood como produtor trouxesse brilhantes de "Adore" para este álbum - mas nem tanto à terra, nem tanto ao mar. O single à primeira audição soa a ausência de guitarras, baixo.. e a bateria?!..
[Ah!, que saudades de Jimmy Chamberlin (do qual irei mais tarde escrever sobre o seu surpreendente álbum a solo: "Life Begins Again")]...
Em suma, "A 100" soa a programações e sintetizador em cima de ritmos automatizados e previsíveis. Com mais algumas audições aprende-se a ouvir a balada de amor (não poderia ser de outra coisa) que está por trás e até se pode vir a gostar... mas, ainda assim! Billy Corgan escreveu no seu blog que esta música destaca-se e sai um pouco fora do álbum... a ver vamos se é desta. Aparte a participação em temas pontuais de Robert Smith (The Cure) e de Jimmy Chamberlin nada se sabe do álbum. Nem a banda de estúdio, nem tão pouco qual será a formação apresentada em palco.
Estou a torcer para que "Rock is dead" seja uma treta!...
Agência Lusa: «Direcção do PSD veta candidaturas de Isaltino e Valentim»
Andava de olhos postos no projecto «3 Pistas». As premissas são lineares e bastante claras: 3 microfones, 3 canais da mesa de mistura activados e uma gravação que, apesar de em estúdio, deverá ser feita como se um prestação ao vivo se tratasse. Para este projecto foi proposto aos músicos que interpretassem 3 músicas (2 originais + 1 versão). Terei sido claro?
Bom, a curiosidade tornou-se maior aquando o concerto dos Quinteto Tati (em formato completamente acústico e no Fórum FNAC do Norte Shopping). A espera manteve-se e o projecto da Antena 3 lá saiu juntamente com o Diário de Notícias há algumas semanas.
O resultado é curioso e exibe, na minha opinião, as qualidades criativas e técnicas dos músicos portugueses. Aparte, os Quinteto Tati - dos quais já esperava o virtuosismo no fantástico «Gota d' Água» de Chico Buarque que é cantado numa tonalidade triste e "abrasileirada" - a grande surpresa vem mesmo dos Mesa. Deste grupo portuense não esperava tanta qualidade. Bom, confesso que não gostei do concerto que assisti há dois anos deles no Ritual Rock (no qual achei que lhes faltava presença em palco, criatividade e garra) o que isso contribuíu para ficar de pé atrás no que diz respeito à formação de Mónica Ferraz. Mas, caramba!, neste CD: «Luz Vaga» soa-me intímo e quente. Escorre como um desabafo dançado entre o piano e contrabaixo; «No One Knows» (dos Queens of the Stone Age) é um arranjo fantástico, berrado como todos os suspiros deviam ser, com uma rítmica vibração das cordas da guitarra acústica.
Quanto aos Toranja não posso dizer o mesmo, «Chaga» (dos Ornatos Violeta) fez com que eu voltasse a sentir ainda mais saudades dos Ornatos Violeta e me perdesse nas audições longas do «Cão» e d'«O Monstro precisa de amigos».Blind Zero soam a eles mesmo e sem grande brilho nem criatividade.
Quanto aos restantes, bons arranjos e audição simpática mas sem merecer destaque.
Ah!, e pois claro... Viva a música portuguesa! "Venham mais cinco", ou mais, projectos destes que eu aprovo logo...
Quero uma moto para mim. Não interessa se uma Honda CBR 1100 XX, se uma BMW K1200S, se uma Suzuki Hayabusa, uma Kawasaki ZX-12R ou... mesmo uma Honda Hornet, Ducati Monster, uma Honda CB500 ou vá!... uma Yamaha Virago 250, como aquela que o meu pai recentemente vendeu. Permitam-me que o diga com o peso do consumismo, do desejo cego e da paixão que em mim os motores despertam: quero uma moto! E se a tivesse gostaria de ir à 24ª concentração de Motos em Faro a decorrer entre 14 e 17 de Julho. Ora, espreitem lá este cartaz: Peter Frampton, The Gift, Toca Rufar, Pedro Abrunhosa... etc.
Nota breve: Não aceito comentários quanto às strippers... sério! :)
... permitem-me afirmar que passear por aproveitamentos hidroeléctricos dá-me gozo e orgulho. E hoje... mais não digo.
Boa noite.
Decibel a decibel fui firmando a minha vida. Fiz da música a minha religião e busco nos álbuns a salvação com tonalidades de acorde perfeito... diria, acorde da revelação.
Entretanto, há em mim uma forma missionária de estar. Uma postura de ministrar o meu caminho e a minha verdade a todos os que vou conhecendo e a todas que vou tentando derrubar. Um tique dos tempos em que também eu acreditei que Deus era o caminho.
Não escaparás ao tique e também tu foges da «evangelização».
Mas também tu tens um tique... Hoje não vou falar dele, vou só dizer que esse tique obriga-me a que, também eu, vá fugindo. E assim vamos vivendo alegremente. Fugitivos... trocando de espécies no jogo do gato e rato.
CVA, «Caderno de Apontamentos» 2k3/2k4/2k5
Das duas, uma!... O povo português no que toca ao consumo de álbuns de música divide-se por completo ou os mesmos que compram o álbum «Transparente» de Mariza compram também «Morangos com Açúcar». Bom, o certo é que este é o actual top de vendas português:
1. "MORANGOS COM AÇUCAR 2"
2. "TRANSPARENTE" de MARIZA
3. "ESCOLINHA DE MÚSICA" de ESCOLINHA DE MÚSICA.
«E assim... acontece!»
Em investigações levadas a cabo por mim e pelo Simão descobrimos que a Internet e o Google servem, em grande parte, para pesquisas de pornografia. Ficamos estupefactos por andar aí tanta gente à procura de sexo cibernáutico e sorrimos, contentes, por não conhecermos nenhuma pessoa que recorra a pornografia.
Assim e como mafiosos que o Simão e o Miguel são, desataram logo a aumentar as visitas ao seu blog plantando nos seus textos palavras referentes a sexo e pornografia.
Eu achei piada a este facto, no entanto, eu não o vou fazer. Gosto que as minhas visitas sejam oriundas de pesquisas puritanas (como as mais recentes "todo o tipo de lâmpadas", "benção das pastas 2005" ou "blog imbecil, parcial e disparatado português") ou mesmo de pessoas conhecidas que buscam no blog "O Homem Fantasma" as minhas opiniões escarrapachadas.
Decorreu na biblioteca da FEUP a iniciativa dos "Livros da sua Vida" onde foi pedido aos alunos que frequentam a biblioteca que através do site votassem nos livros da sua vida.
Escolhi como os "meus" livros: "A Insustentável leveza do ser" de Milan Kundera, "Alta Fidelidade" de Nick Hornby e ainda escolhi um de Vergílio Ferreira (não sei se o fantástico mas que nunca consegui terminar "Para Sempre" ou se o várias vezes lido "Em nome da terra").
A nomeação durou vinte dias e agora os resultados estão à vista e poderão ser consultados aqui!... Boas leituras.
Com a mudança de estações as novidades discográficas são imensas. O mês de Junho será frutífero em álbuns portugueses de jazz (com Bruno Pedroso, dos Jim Dungo, na bateria), no novo álbum de Billy Corgan e no oitavo trabalho de estúdio e de longa duração dos Dream Theater. Octavarium é o nome do novo álbum. Espero eu e diz-se por aí, que os DT vão voltar ao rock progressivo de «Images and Words» ou mesmo ao rock melódico de «Scenes from a memory» fugindo pois à tendência agressiva do último álbum.
Quanto à digressão, essa arranca também no próximo mês e estou a prever que passem em Portugal em Outubro ou Novembro.
Bom, a meio de Junho e após a devida passagem no meu posto de audição, direi qual a minha opinião do novo álbum.
... em Matosinhos, irá decorrer entre o dia 19 e 21 de Maio a 9ª Edição do Matosinhos em Jazz.
Recomendo e sugiro: Quarteto de Carlos Martins , dia 19 de Maio (Quinta-Feira) pelas 21h30min. Os preços do espectáculo são de 10 (7.5 para Cartão Jovem).
... actualizei o contador para algo mais fidedigno e mais informativo.
Basta que clickem em cima para poderem visualizar informações dos visitantes do blog «O Homem Fantasma». Deixei essa opção disponível para vos proporcionar momentos de distracção ao visualizarem como é que algumas pessoas vêm parar a este blog.
E, pronto, era isto. :)
Uns compram jaguares de forma muito obscura e enviam retratos de líderes num sinal claro de vingança... Enquanto outros mandam cortar sobreiros a troco de interesses duvidosos. Para não falar daqueles que afirmam que um aborto é uma morte pior que qualquer assassínio de uma criança de 5 anos. ... Porra! e dizem-se eles cristãos?...
Tragam os fundamentalistas muçulmanos e os profetas da Rua Santa Catarina... já estou por tudo.
A noite invadiu-se de opções: por um lado Toranja na Maia (que descartei logo de início por achar que as prestações deles ao vivo são terríveis); por outro Dj Kitten no Indústria - mas, demasiado tarde... Rendi-me, pois, à evidência: teria de ser uma outra Noite de Stout no já costumeiro Pinguim.
Era noite de Cinema Invísivel pelo que decidi aproveitar e espreitar umas curtas-metragens. Gostei de algumas.. de outras, nem tanto. Foi diferente. Valeu a pena. É de repetir. Estou a achar curioso escrever com esta pontuação. Voltarei. Se tiverem tempo disponível e vontade de experimentar cinema bem longe do circuito comercial, experimentem.
O Cinema fora de sítio está quase aí a chegar... Mal saiba novidades, naturalmente, que colocarei aqui o programa das festas.
Em 1982 o polémico "Avé Maria" dos Xutos & Pontapés foi proibido de passar na Rádio Renascença. A letra desta música é a simples quadra:
«A 13 de Maio
Na Cova da Íria
Apareceu brilhando
A Virgem Maria»
No entanto, assustou aos mais puritanos o ritmo e as guitarras desenfreadas que acompanhavam Tim enquanto berrava esta letra.
Hoje, 13 de Maio, há tanto para dizer e lembrar: pastorinhos e os segredos de pouca divindade, regime político e a sua promiscuidade com a religião, confusão entre mais cépticos e intolerantes religiosos. Há para lembrar que a Igreja Católica Apostólica Romana quer esquecer que alguns dos seus padres discordam por completo da existência de Fátima.
Há, mesmo assim, outras coisa que me dá vontade de esquecer. Nessa lista surge - numa posição cimeira - o circo de peregrinação a que se assiste anualmente. Circo esse, onde se assiste a pessoas maltratando o seu corpo e sacrificando-se de um modo que a Bíblia põe, definitivamente, de lado.
Enfim!, pessoalmente, costumo dizer que: a 13 de Maio na Cova da Íria ninguém apareceu. Hoje não será excepção.
Aquele líder religioso decidiu pregar uma partida quando, defronte para os noivos, quase berrou: "Se alguém está a favor deste matrimónio que se pronuncie agora... ou se cale para sempre".
Da congregação: nem um murmúrio. Metade das pessoas estavam de pensamentos postos no banquete pós-cerimonial e outra metade nem conhecia os noivos.
Quanto a mim não me levantei, nem me pronunciei... Assisti impávido e sereno à aflição da noiva e ao sorriso - carregadinho de laca - do noivo. Apenas sorri, contive o riso e deu-me gozo pensar que estava a ser mais papista que o papa.
CVA, «Caderno de Apontamentos» 2005
... costumam debitar as suas piadas no rádio (Antena 1) quando me dirijo para a Faculdade (7h55min.).
Dão pelo nome de Palmilha Dentada e já há muito tempo que andava para ir vê-los ao Tertúlia Castelense mas nunca consegui ter essa oportunidade. Recentemente, ainda passaram na FNAC mas um atraso não me permitiu apanhá-los.
Bom, surge agora a oportunidade: "O Menos Mau das Noites Nocturnas de Um Par de Dois" de 12 de Maio a 12 de Junho, de Terça a Domingo, às 21h46 na Sala Estúdio Latino (Teatro Sá da Bandeira no Porto). Fica a sugestão...
... que Alanis Morissette actuou na Queima das Fitas, em Coimbra. Disse-me uma amiga fantasmagórica que o concerto "apesar de pequeno (1h20min) foi bom!".
Nunca assisti a nenhum concerto de Alanis e lamento esse facto... No entanto, o último álbum deixa algo a desejar pelo que os concertos a que queria assistir já deixei passar há alguns anos. Falta a Alanis a voz irreverente e os gritos raivosos que soltava em "Jagged Little Pill"... o budismo levou-lhe isso mesmo. :)
É do domínio público a minha vontade avassaladora em assistir ao arranque da digressão mundial de Billy Corgan, dia 1 de Junho na Aula Magna - Lisboa.
Mas, fizeram de tudo para que eu não fosse:
- marcaram-me um teste para o mesmo dia... o que me iria a obrigar a ir de Alfa Pendular e em grande correria para chegar a tempo;
- marcaram outros concertos (de músicos que aprecio) para datas próximas;
- e por último, e mais importante, fixaram o preço do bilhete em 41 (31 no Anfiteatro).
Bom, fico magoado, triste e chateado... mas, sou forçado a dizer: fica para a próxima!
A candidatura de Cavaco Silva ainda que obscura é mais do que evidente. O Bloco desafiou, este fim-de-semana na sua convenção, à existência de um candidato da esquerda - um nome activo da luta política e fugindo, pois, ao cliché de Vitorino ou mesmo de Guterres (no caso de Jaime Gama, a conversa já não é a mesma). PCP ainda não se pronunciou. Sócrates (e com o total apoio de António Costa) diz que aceita uma candidatura de Manuel Alegre.
Pessoalmente, muito me agrada imaginar Manuel Alegre a disputar umas presidenciais com o apoio da Esquerda Portuguesa. Neste cenário, não hesitaria em depositar o meu voto a Manuel Alegre, homem forte e pelo qual nutro muita admiração.
Bom, o certo é que antes das Autárquicas muito vai acontecer.... Vamos a ver!
«Já de manhã vai parecer tudo tão diferente
Não é do vinho nem do sono ou do café
É só que um olho por olho, dente por dente
Nos deixa o rosto assemelhado ao que não é»
do meu cantor e autor português favorito: Sérgio Godinho
«Sobre a minha resistência só sabe quem dorme comigo.» Alberto João Jardim. 24 Horas, 08-05-05
Há em mim o pavor de não saber como vos revelar. Algo que se confunde com a debilidade de viver encafuado no betão. E isto nada tem de brilhante... é, pois e apenas, uma percepção matinal.
No Jornal Expresso e motivado por algumas críticas feitas à Convenção do Bloco de Esquerda, Daniel Oliveira escreve uma das principais razões que fazem de mim um eleitor do Bloco de Esquerda e apenas um simpatizante do PCP (ainda que com muita simpatia). Permitam-me que transcreva aqui um excerto do artigo, que considero ser esclarecedor:
«À Mesa Nacional do BE concorreram duas listas alternativas, eleitas por voto secreto e com direito a representação proporcional naquele órgão, e uma terceira tendência fez várias propostas de emenda à moção maioritária, de forma organizada. As três linhas políticas em confronto apresentaram listas separadas à Convenção, todas elegeram delegados, sempre por voto secreto e representação proporcional, viram todos os seus textos publicados na imprensa interna do BE, e deram entrevistas para jornais nacionais e televisões. Houve debates com um representante de cada uma das duas moções em todos os distritos do país. Existe, no Bloco, o direito estatutário de organização de tendências e não há qualquer tipo de obrigação de silêncio público sobre as discordâncias internas. E os militantes, como se leu no "Expresso", fazem uso, sem qualquer problema, deste direito de falar para fora do Bloco sobre a vida do Bloco. A Convenção é aberta do primeiro ao último minuto. Os delegados falam com os jornalistas, durante a Convenção, sem ser em off, sobre as suas divergências. Não tem nada de especial. Chama-se a isto democracia.
No PCP os estatutos não permitem a ninguém nem apresentar moções alternativas (apenas propostas, que são ou não aceites) de alteração às teses apresentadas pela direcção, nem apresentar listas alternativas para qualquer órgão dirigente nacional. Não há voto secreto em Congresso, não há direito de organização por correntes, não é permitida a discussão pública sobre a vida interna do partido, o debate sobre a eleição do Comité Central é à porta fechada.»
De acordo?
No dia 6 de Maio, sexta-feira, no recinto da Queima das Fitas decorreu o concerto de Milton Nascimento e dos The Gift.
De Milton, e por ter chegado atrasado, apenas tive oportunidade de ouvir as três últimas músicas - das quais destaco a última ("Maria, Maria" cujo original (julgo) é de Elis Regina) que foi tocada numa boa prestação musical.
Quanto à banda de Alcobaça, assisti a todo o concerto com a atenção que eles mereciam. O concerto arrancou numa batida robotizada a fazer-me relembrar os Daft Punk. Separados do público por um pano branco, com uma entrada em palco artística e semelhante a um teatro de sombras. Arrancaram, pois, as músicas de "AM-FM" e a queda do pano deu-se de uma forma triunfal e acompanhada por aplausos... As músicas do "AM-FM" sucederam-se e salvo raras excepções (conto duas) tudo me soou demasiado electrónico. Mantenho, pois, a opinião: este é o pior álbum dos The Gift - o que não deixa de ser curioso, por ser o único álbum duplo.
Demasiada electrónica, na minha opinião pessoal.
Naturalmente, que eles ainda lançaram ao público a mensagem que "Os The Gift fazem muitas músicas diferentes... Habituem-se!" ao que eu reagi com um sorriso - ao lembrar-me da mesma palavra proferida por Vitorino à Comunicação Social aquando a escolha do governo socialista.
Ainda se ouviu "Ok! Do you want something simple?" (numa versão também demasiado electro), "So free (3 acts)", "Question of love" e "Water Skin" o que deu para fazer o gostinho aos ouvidos.
Enfim, é pena mas os The Gift já me soaram melhor.
Já ando há algum tempo para o escrever aqui: «Apontamento» de Margarida Pinto será um dos melhores álbuns de 2005.
Obrigatório e de pop deliciosamente quente. Cansará, certamente... como é normal na música pop - se bem que até é possível que tal não aconteça, devido à mistura de pop com funk, jazz, hip-hop, etc.. No entanto, enquanto não me cansar deixem-me repetir: é de uma beleza leve e, nitidamente, marcada pelo Jazz.
Qualidade de produção boa - mesmo para mim que sou um picuinhas com os baixos - boa voz, bons escritos (com alguns textos do "meu" Álvaro de Campos) e bons músicos. O resultado só podia ser um bom álbum. Recomendo...!
Entretanto, deixo aqui o texto que mais me atrai no álbum, da autoria de Miguel Cardona - cúmplice de Margarida no trabalho com os Coldfinger:
«Eu queria ser músico de jazz
Eu queria
Eu queria ser músico
Eu queria ser alguém
Eu queria ser
Mas não controlo o meu ser...
Quando quero descansar
e quando tu vais dormir
ponho um disco do coltrane e ficamos a ouvir
Eu queria ser
E eu devia poder mais
Às vezes não adormeces
E eu não descanso
Mas o jazz ajuda a sonhar
Faz-nos voar com seu balanço
Eu queria ser músico de jazz
Eu queria ser
Eu queria ser alguém
E eu imagino o Coltrane
Certo dos segredos que desvenda
Na alma de quem ouve a luz e a poesia e o som e a vida
e tudo o que ela tem de bom...
Eu queria ser músico
Eu queria ser alguém
Eu queria ser
músico
E boa pessoa também»
- Sabes como nos defino?
- Como?
- «um início promissor e um fim triste!»
- Olha que merda... É isso mesmo que achas?
- Sim... claro que é.
- Eu diria que isso diz-se de qualquer caso amoroso falhado... não sei... talvez de...
- Nós não nos amamos... Olha para mim... achas que «existem várias formas de gostar... ou será tudo a mesma»?
- Que pergunta é essa? Isso soa-me a ratoeira. A perspectiva bíblica fala em 3 diferentes formas de amar, eu falo numa só. Vais chamar-me de redutor, bem sei.
- Falei em gostar... não em amar. Cismas em confundir tudo... pára de manipular o diálogo.
- Eu?! Será que não fui claro: já te disse que não percebo nem quero sujar a mente ao tentar perceber as complexidades do amor. Atenção para onde arrastas a conversa.
- Tenho pensado nisto várias vezes: será justo que sejas emocionalmente inútil?
- «À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica» dá-me vontade de sujar as mãos... Cansa-me menos do que qualquer vez em que me sujes a mente, inspirando e tornando-me em apetites que não sei definir.
- Porque estás a falar nesse modo... poético? Estás a declamar poesia?
- Eu não sei gostar de poesia. Gosto, apenas, de alguns poetas. Sim, sempre gostei muito de Campos...
- Sabes?, «não te quero perder... não aceitas quando te digo, mas é verdade... por isso tenho medo... tenho medo das tuas mudanças repentinas, reacções e conflitos interiores que outras amigas te possam causar. Não me censures por ter medo... e ciúmes».
- Sabes?, eu ia convosco... ao mesmo tempo. Arranco a pele de tanto pensar nisto. Nem te sei apontar nem clarificar. Aliás, se o fizesse nunca seria com total certeza. É melhor não ter certezas - recordo agora que Campos escrevia que «em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas»!
- De que estás a falar?!... Ouviste o que disse?
- Falo-te de... sei lá!
- Tens a certeza?
- Como ter a certeza se ainda agora te disse que para preservar a minha sanidade devo fugir das certezas?!
- Já começa a ficar tarde... Amanhã acordo cedo. Levas-me a casa?
- Sim, já vamos. Deixa-me só fumar um cigarro...
- Mas, outro?
- Sim... pois!... Está bem. Vamos lá... A ver se o carro pega. (...) Põe o cinto... ah, e tranca a tua porta.
CVA, «Caderno de Apontamentos» 2005
Passo o inverno todo a queixar-me da falta de música e de concertos. Ora, vejamos a maldade que me fizeram:
- Fim de Maio: Festival Super Bock Super Rock com New Order, Incubus e Audioslave;
- Dia 28 de Maio: Quinteto Tati @ Casa das Artes, Famalicão;
- Dia 1 de Junho: Billy Corgan @ Aula Magna, Lisboa;
- Dia 5 de Junho: Fausto Bordalo Dias @ Coliseu, Porto;
- Dia 20 de Junho: LCD Soundsystem @ Casa da Música, Porto;
- Dia 4 de Julho: Humanos @ Coliseu, Porto.
Bom, naturalmente, que não há orçamento que resista (até porque estou de olhos postos em Nick Cave em Paredes de Coura e não irei faltar à Festa do Avante!).
Fausto é imperdível! Quinteto Tati assisti a inúmeros concertos na última temporada, será automaticamente descartado (apesar de o bilhete apenas custar 5). Festival Super Bock Super Rock já foi descartado há algum tempo por motivos de tmpo. LCD Soundsystem aparentemente e se não me cair um bilhete do céu, ficará para outra oportunidade. Billy Corgan ficará a moer-me o pensamento até os bilhetes esgotarem. Humanos, logo se vê.
Tenho que pensar bem nas prioridades... Ou então: vou hibernar.
É... Acordem-me no fim de Agosto, sim?
Dia 1 de Junho, Quarta-Feira na Aula Magna em Lisboa Billy Corgan arranca com a digressão mundial do seu primeiro álbum a solo «TheFutureEmbrace».
Bom, a confiar na notícia do site oficial do cantor tenho que começar a fazer contas à vida e ver se consigo repetir a viagem maravilha que fiz aquando a despedida dos The Smashing Pumpkins.
Ah.. e aceita-se companhia... :)
Finalmente - e porque o prometido é devido - deixarei hoje aqui (com a devida actualização na barra de links à vossa esquerda) os blogs e sites que visito diariamente (ou com bastante frequência) e que são fixos. A World Wide Web é de uma diversidade deliciosa e viciante nas quais algumas pequenas janelinhas são ricas em informação e/ou entretenimento. Assim sendo:
- Barnabé - um dos primeiros blogs que conheci e que comecei a visitar diariamente. Descobri-o através de uma das minhas múltiplas pesquisas sobre Sérgio Godinho ("Barnabé" é também uma personagem das músicas de Sérgio Godinho). Com o tempo e muita polémica atingiu proporções megalómanas e não estarei muito longe se afirmar que deve ser o blog português mais visitado;
-Cartas ao Pó - da autoria de um colega de curso - bodyboarder de corpo e alma e adepto de música e da sua guitarra;
-Cidade Surpreendente - mais semelhante a um photoblog e sem sombra de dúvidas: surpreendente. Carregado de fotografias da minha cidade e pelo olhar da objectiva de Carlos Romão;
-De Candeias às Avessas - foi a "Ursa Menor" que me descobriu e... que me deu as boas vindas a este cantinho! Foi o primeiro conhecimento que fiz pela blogoesfera. Quanto ao seu blog, é para mim um prazer (quase) diário poder ler as opiniões e os desabafos de uma mulher do sul com alma do norte;
-Em Chávena Fria - blog ainda no início, no entanto, acredito que será uma surpresa positiva. Da autoria de um casal amigo e que me acompanha nas sextas portuenses - aquelas noites que, com todo o carinho, apelido da «Noite da Stout» (passando a publicidade). O nome do blog, deduzo eu, deve surgir devido aos seus típicos pedidos de "café curto em chávena fria";
-Enzima do Acontecimento - da autoria do benfiquista ferrenho e amigo com quem muito me agrada conversar sempre que chocamos nos corredores da Faculdade que ambos frequentamos (apesar de em horários bem distintos). Lembro-me que no secundário me despedia dele com a mesma fórmula: "Meu caro, saúdinha é o que é preciso"... Ainda hoje nos cumprimentamos desta forma, é mais uma das minhas rotinas que espero que nunca acabe;
-Incoativo - referencia (recorrendo a "metáforas") pedaços das lutas que diariamente vai travando com aquilo que acha errado... e não só. É o gosto irreverente de mudar e de lutar pelo que acha justo e honesto que o motiva a escrever e a intervir socialmente... Adolescente tardio, dirão?! Eu prefiro chamar-lhe paixão. Apesar das múltiplas discussões e desacordos que mantemos um com o outro - muito me honra ser filho do "Incoativense".;
-Lógica Irracionalista Expressiva - a minha relação com André Carita tornou-se conflituosa, assumo-o. No entanto, muito me agrada ver o blog dele crescer... e embarcarem nesse projecto amigos como Ricardo LaFuente que tenho em grande consideração. Aparentemente, é um blog para ficar... e ainda bem. A discórdia espicaça a mente;
-Murcon - há homens que exercem em mim um fascínio. Júlio Machado Vaz é um deles. Os seus livros, emissões radiofónicas e televisivas já me fizeram companhia inúmeras vezes. Entrou na prateleira do meu quarto no inverno melancólico de 2000 e habita agora os meus favoritos no computador;
- O Limão - já aqui referi o meu camarada das vésperas, dos trabalhos confusos e da paciência sem limites. Calmo, bem disposto e sempre pronto para uma discussão saudável - naturalmente, o seu blog reflecte isso mesmo;
-O meio - blog simpático de um companheiro de outras andanças - Os Ciganos. Contém os desabafos de Simão Belchior... um género de diário virtual misturando crítica e boa disposição. Quem o conhece sabe que ele é assim mesmo;
- Pedaços - um photoblog contendo bocadinhos a preto e branco que a objectiva de Marta Pinheiro foca. Eu gosto...;
-Blog do Pedro - este blog existe desde 2001, altura em que eu nem sequer sabia o que era um weblog. Sempre com novidades arquitectadas pela brilhante e criativa mente do Pedro das quais a última é uma galeria de fotos. Vale a pena espreitar;
Incluirei também os seguintes sites nos quais busco informação, discussão ou (no caso dos escritos de Luís Delgado) entretenimento:
-Autohoje
-Diário de Notícias
-Motonline
- New Musical Express
- Voxpop
-Público
A seu tempo... actualizações surgirão.
Para a Câmara do Porto: Rui Rio (PSD), Francisco Assis (PS), Rui Sá (CDU) ou João Teixeira Lopes (BE).
Não é por mal mas eu não gosto de nenhum deles... Vai ser lindo, vai...
Mágico foi o concerto do "ilusionista crónico" em que Jorge Palma se tornou. Revelou ao longo de duas horas de espectáculo perfeitamente encadeadas e de cadência rápida as suas várias facetas e o seu lado criativo que imprime nos álbuns.
Sonoridades intimistas do «Só» e «Tempo dos Assassinos» (acompanhado pelo filho) , as sonoridades mais complexas e trabalhadas do «Jorge Palma - É prohibido fumar» ou até a rebeldia de Palma's Gang - estiveram todas presentes neste espectáculo.
Bom trabalho de luz, com uma acústica muito simpática (tendo em conta o velhinho Coliseu do Porto) e plateia (menos composta do que esperava mas) conhecedora do trabalho de Palma - matéria prima completa para um bom espectáculo.
Lamentei a ausência de "Demónios Interiores" - a minha faixa favorita do «Norte» - e notei a falta de trabalho de casa e preparação na "Gosto de brincar com o Fogo" - outra das minhas favoritas. Os músicos eram bons e naturalmente, do Norte. Aliás, na própria plateia descortinei músicos do Norte a assistirem de franco sorriso ao espectáculo (Clã).
Bem sei que posso estar demasiado imbuído do espírito mágico do concerto mas arrisco-me a afirmar que foi o melhor concerto de Palma a que assisti... E acho que ficará nesse destaque durante uns tempos valentes.
Apitou-me o telemóvel estava eu em plena curva. Tomadas as devidas precauções e prendendo a direcção com o joelho esquerdo procurei o telemóvel que deveria estar algures perdido no bolso direito das minhas calças. Com ele já não vinham perdidas as memórias, registos e contactos dos tempos em que ambos passávamos o tempo num frenesim acústico.
Respondi: «Sim, camarada: 23h. passo aí.», aumentei o volume do rádio e a intensidade no pedal da direita. Ocupei-me da faixa da esquerda e abandonei os pensamentos como esqueci tantos outros números e eventos.
CVA, «Caderno de Apontamentos» 2005
PSD congratula-se e PP aplaude a decisão do Presidente da República.
Jorge Sampaio continua a surpreender-me: não é que, aparentemente, não será no seu mandato a existência de um referendo relativo à despenalização do aborto?!
E agora?...
Por um lado, o projecto-lei passar na Assembleia seria fantástico e simples... mas, uma vez que um dia foi chumbado em referendo deverá passar em referendo. Por outro, a realização de outro referendo pode ser também impossível com o futuro Presidente da República.
Bolas lá para o Sampaio... Estou outra vez chateado com ele.
Dizem: é na diferença do pensar e do sentir que se constrói o progresso e que nos construímos e tornamos pessoas mais equilibradas.
Digo eu: a diferença é uma porra que desgasta e mói que se farta.
CVA, «Caderno de Apontamentos» 2005
Sexta-Feira 29/04 - Quinteto Tati:
Já tanto escrevi aqui sobre os Quinteto Tati. No entanto, há sempre algo de novo para partilhar e o espectáculo no Fórum FNAC (Noite Aderente) baseou-se no Quarteto "Quinteto Tati" (Voz, Guitarra, Percussão e Contra-Baixo integrando um formato inédito) e todo em acústico. ... Passearam-se pelas músicas do álbum "Exílio" e ofereceram à pequena (e demasiado faladora) plateia uma nova música ("que sairá no próximo álbum e que é uma mistura de Gilberto Gil com Nirvana"), dois temas da "Ópera do Falhado" e os típicos bónus brasileiros de Chico Buarque.
De novo, fantástico... E, desta vez, deu para estar à conversa com os músicos, saber como correu a digressão por Espanha e discutir alguns pormenores.
Próximo Espectáculo: Casa das Artes em Famalicão, 29 de Maio. Depois digam que eu não avisei.
Sábado 30/04 - Mão Morta:
No Fórum FNAC, de novo, a apresentação de "Nus" (Melhor Álbum de 2004). Ano passado tive oportunidade de assistir a duas apresentações deste álbum: uma nas Noites da Queima das Fitas do Porto e outra no Teatro do Rivoli. A primeira pecou pela acústica enquanto o segundo foi o segundo melhor concerto dos Mão Morta a que assisti. Quanto à exibição de sábado ficou-se por UMA faixa do álbum (aquela que tem cerca de 25 minutos) devido a restrições da parte da FNAC em questões de tempo. Fiquei chateado... mesmo! E ainda agora.. não consigo tecer comentários quanto à prestação dos M.M..
Domingo 1/05 - Clã:Os Clã têm a Manuela Azevedo, ou seja, têm na sua "posse" a mulher com melhor exibição ao vivo e melhor presença em palco das bandas pop-rock. São do Porto e a tocar em casa esperava-se isto mesmo: uma prestação fantástica.
Foi, pois, das melhores exibições para "grandes" multidões da parte dos Clã a que assisti. O reconhecimento da parte do grande público demorou a surgir mas agora é mais do que notório que existe e o apreço pela banda portuense é muito.
Quanto aos temas, passearam-se por todos os álbuns desde "LusoQUALQUERcoisa" até ao "Rosa Carne" e ainda tocaram duas cover's. Os temas mais antigos foram revestidos de novas roupagens (demasiadamente electrónicas, na minha opinião) e é nestes que a minha opinião é mais desconfiada.
Foi bom... mas, de qualquer das formas, continuo a preferir Clã em pequenos espaços ou mesmo no Ritual Rock. Vá-se lá saber porquê... acho que o palco da Queima é um palco constrangedor para os músicos.
Mas, o maralhal não se queixou e fartou-se de berrar por "só mais uma"... Ainda bem. :)
A luta pelo jornada máxima de 8 horas já lá vai, no entanto: contratos a prazo, segurança e higiene no trabalho, remunerações injustas, horários inflexíveis, estágios não remunerados, subsídios de alimentação, pacotes laborais que protegem poderosos, imigrantes explorados por mafias anónimas e desemprego permanecem como bandeiras da luta dos trabalhadores.
O movimento sindical existe e apesar de movimentar menos pessoas do que no século XIX, continua a ser indispensável a um bom equilíbrio e a mais justiça social.
Um viva aos trabalhadores e o desejo de uma boa semana.
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